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Descubra o melhor roteiro de 2 dias na Ilha do Combú: natureza, gastronomia amazônica, vivências ribeirinhas, bioeconomia e experiências autênticas com a Rota Combú.

Se você quer saber como aproveitar um fim de semana na Ilha do Combú, o melhor roteiro é o de 2 dias da Rota Combú. Ele inclui travessia, trilha do açaí, vivências ribeirinhas, gastronomia amazônica, oficina de biojoias, imersão no cacau e hospedagem à beira-rio. Tudo guiado por moradores da ilha.

Passar um fim de semana na Ilha do Combú é abrir espaço para um ritmo mais lento, sensorial e profundamente amazônico. A apenas 10–15 minutos de barco de Belém, a ilha convida seus visitantes a navegar por igarapés, conhecer comunidades ribeirinhas, provar sabores únicos e se conectar ao território de forma verdadeira.

A Rota Combú oferece um percurso de 2 dias perfeito para uma imersão completa. A seguir, você encontra um guia completo e detalhado desse roteiro — com o que fazer, onde ir, onde comer e onde dormir para viver o melhor da ilha.

Por que passar dois dias na Ilha do Combú

AME - Associação de Mulheres Extrativistas do Combu - Ilha do Combú.

A Ilha do Combú é um território vivo, marcado pela força das mulheres extrativistas, pelos quintais produtivos de açaí, pelos saberes tradicionais e pela hospitalidade ribeirinha.

Aqui, a natureza guia o tempo e as águas ditam o ritmo da vida. O cheiro do mato fresco encontra o perfume das ervas do banho de cheiro. A gastronomia é colorida, aromática, cheia de histórias.

E a Rota Combú conecta você a esse universo de forma sustentável, segura e respeitosa, fortalecendo famílias locais, empreendimentos comunitários e iniciativas de bioeconomia que fazem da ilha um destino singular na Amazônia paraense.

Como funciona o roteiro de 2 dias

Garça na Ilha do Combú

✔ Duração: 2 dias e 1 noite
✔ Ideal para: viajantes que buscam contato com a natureza, gastronomia amazônica e vivências culturais
✔ Inclui: travessia, experiências guiadas, refeições, hospedagem e passeios fluviais

Agora, vamos ao passo a passo completo do que acontece em cada dia.

DIA 1: A imersão ribeirinha começa

8h: Saída do Hotel em Belém e travessia rumo ao Combú

A jornada começa cedo, partindo do Terminal Hidroviário Ruy Barata (Praça Princesa Isabel). A travessia dura cerca de 15 minutos e já entrega os primeiros encantos amazônicos: o Rio Guamá, as casas sobre palafitas, barcos deslizando pelas águas e a sequência de casinhas coloridas do Street River.

Aos poucos, o urbano se dissolve e dá lugar às “ruas de água” que conectam as comunidades da ilha.

Manhã: Ygara Artesanal: Trilha do Açaí + Banho de Cheiro

Banho de Cheiro oferecido pela Ygara Artesanal, na Ilha do Combú,

Ygara Artesanal

Recebidos por Charles e sua família, você conhecerá o manejo tradicional do açaí, um dos pilares da cultura alimentar paraense. A trilha conduzida pela mata revela técnicas tradicionais, histórias de vida, biodiversidade e a transição do manejo predatório para práticas sustentáveis.

Depois da trilha:

  • degustação de açaí “à moda paraense”
  • demonstração do processo artesanal
  • Banho de Cheiro, um ritual amazônico feito com ervas frescas para abrir os caminhos e perfumar a jornada.

Início da tarde: Almoço e banho de rio

Canto dos Pássaros ou Boá na Ilha

Hora de relaxar e recarregar as energias.

À beira do igarapé, você será recebido pelos anfitriões com hospitalidade ribeirinha. O menu, preparado com peixes amazônicos, temperos tradicionais e receitas de família, vem acompanhado de um banho de rio refrescante que renova o corpo e o espírito.

Leia também: Melhores restaurantes na Ilha do Combú: onde comer e vivenciar a gastronomia ribeirinha da Amazônia

Tarde: AME – Vivência da Andiroba

Homem próximo à árvore gigante amazônica no Canto dos Pássaros na Ilha do Combú

AME – Associação de Mulheres Extrativistas do Combú

Na AME, o protagonismo é feminino. Você conhecerá o manejo tradicional da andiroba, o processo artesanal de extração do “óleo dourado”, suas propriedades medicinais, seus mistérios e a importância desse trabalho para a bioeconomia da ilha.

A vivência inclui:

  • apresentação das práticas extrativistas;
  • visita à loja de produtos naturais.

É um encontro com a força das mulheres da floresta.

Fim de tarde: Check-in e entardecer à beira-rio

Olaria River Hostel ou Ilha Branca Restaurante e Pousada

Tempo livre para descanso, contemplação e fotos do entardecer amazônico — um dos mais bonitos do Brasil.

Noite: Noite paraense na Casa Kayré

Turistas assistindo banda ao vivo na Casa Kayre na Ilha do Combú.

Casa Kayré

A noite é dedicada a uma experiência gastronômica sensorial. A Casa Kayré combina arte, cultura e cozinha autoral para criar um jantar que desperta todos os sentidos.

Peixes amazônicos, frutas, farinhas e ervas tradicionais são transformados em receitas que equilibram tradição e contemporaneidade.

Pernoite na ilha

A noite na floresta é um espetáculo à parte. Sons da mata, céu estrelado, chuva amazônica. É o momento de repouso profundo da imersão.

DIA 2: Arte, bioeconomia e sabores ancestrais

Café da manhã e check-out

Café da manhã paraense: frutas amazônicas, tapiocas, pães regionais e outras delícias. Se a maré permitir, dá até para apreciar um banho de rio antes de sair.

Manhã: Oficina de Biojoias

Banca de artesanato de Biojoias na Ilha do Combú

Biojoias do Combú

Navegando pelo Igarapé Combu, você chega ao ateliê de Sílvia, artesã e artista visual. Ali, sementes, fibras, folhas e frutos viram colares, brincos e peças únicas. Para além das biojoias, Sílvia também produz sabonetes naturais e terapêuticos com as ervas colhidas no quintal.

A vivência inclui:

  • explicação sobre espécies amazônicas e suas sementes
  • demonstração do processo artesanal
  • criação de uma peça própria.

Uma lembrança afetiva e sustentável da viagem.

Início da tarde: Vivência Alma Caboca + almoço no Saldosa Maloca

Saldosa Maloca Eco Restaurante

O tradicional Saldosa Maloca, com mais de 40 anos de história, recebe você para uma vivência sobre sustentabilidade e bioeconomia. Você conhecerá soluções como biodigestores, manejo responsável e a rotina de um restaurante que honra a cultura ribeirinha.

Enquanto o almoço é preparado:

  • visita guiada e degustação de geléias e licores produzidos localmente
  • histórias da família que criou o restaurante
  • contemplação da floresta e de uma Samaúma de 400 anos

E depois, um dos almoços mais saborosos da ilha.

Tarde: A Bioeconomia do Chocolate

Doces feitos com chocolate artesanal, de cacau amazônico, produzidos pela Filhas do Combú, na Ilha do Combú.

Filha do Combú Chocolates

Encerrando o roteiro, a experiência com Dona Nena é inesquecível. A produtora, premiada nacionalmente, conduz uma imersão sobre o manejo do cacau, a produção artesanal de chocolate e a história da família.

Inclui:

  • visita à fábrica e à agrofloresta
  • degustação e harmonização
  • tempo para visita na loja de produtos locais

É o ápice da conexão entre território, sabores e memória afetiva.

Fim de tarde: Retorno para Belém

Pôr do sol no rio Guamá na Ilha do Combú

O pôr do sol acompanha o retorno pelo Rio Guamá, fechando dois dias incríveis marcados por cultura, natureza e experiências imersivas.

Leia também: Guia completo: o que fazer na Ilha do Combú — transporte, passeios, restaurantes e hospedagem.

Dicas práticas para seu passeio

Revoada de araras na Ilha do Combú
  • Use roupas leves e calçado confortável.
  • Leve roupa de banho e toalha caso queira tomar banho de rio.
  • Leve repelente, protetor solar e chapéu.
  • Leve dinheiro em espécie porque o sinal de internet pode oscilar.
  • Respeite o tempo, o silêncio e a rotina das comunidades.
  • Fotografe com sensibilidade — sempre peça permissão.

Planeje seu fim de semana com a Rota Combú

Barco ancorado na Ilha do Combú

Quer viver esse roteiro? Explore todas as experiências e empreendimentos parceiros no site da Rota Combú.

Dica Bônus: Para quem pode ficar mais um pouco, é possível estender a estadia e fazer um roteiro de 3 dias e 2 pernoites. É uma ótima opção para quem quer aprofundar a experiência de desacelerar e imergir na realidade ribeirinha da Amazônia.

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